quarta-feira, 31 de julho de 2013

Posted: 30 Jul 2013 09:07 AM PDT
Gee! Você ainda não sabe o que significa gee? Então, continue lendo esta dica para aprender.
De modo simples e direto, gee é uma expressão que equivale a “nossa!”, “caramba!”, “minha nossa!”, etc. Pode ser usada para expressar surpresa, decepção, alegria, tristeza e outras tantas emoções. A diferença estará sempre no modo como ela será pronunciada. Ou seja, na entonação e no contexto.
Aí vão alguns ajudar você a entender um pouco melhor o que significa gee.
O que significa gee?– Gee, are you sure about this? (Nossa, você tem certeza disso?)
– Gee, what do you mean by that? (Caramba, o que você quer dizer com isso?)
– Gee, it’s really hot today, isn’t it? (Nossa, está muito quente hoje, né?)
– Gee, Carol, you look sad. What happened? (Caramba, Carol, você está tristinha. O que aconteceu?)
– Gee, I thought you were gone. (Caramba, achei que você já tivesse ido.)
– No! I’m still here! (Não! ainda estou por aqui!)
– What a joke, Mike! (Que piada, Mike!)
– Yeah, love it! (É, muito boa!)
– Gee, thanks, guys! (Nossa, valeu, galera!)
Comece a prestar atenção aos diálogos de filmes e seriados e você perceberá como ela é usada nos mais variados contextos e serve para expressar várias emoções. É uma palavrinha muito frequente no inglês falado; então, vale a pena tê-la na ponta da língua.
Agora que você já sabe o que significa gee, anote aí que sua origem está na pronúncia do nome Jesus em inglês. O “je” é pronunciado como “dji” e, assim, na escrita virou “gee”. Isso tudo Porque para muitos é falta de respeito usar o nome de Jesus em vão. Então, “gee” nada mais é do que um eufemismo para “Jesus!”. Simples, não é mesmo?
Acho que já deve estar tudo explicadinho na dica, certo!? Então, até a próxima! Take care! :)
A dica O que significa gee? apareceu primeiro em Inglês na Ponta da Língua e é de autoria de .

domingo, 14 de julho de 2013

Expressões Comuns Que Americanos Erram

Posted: 13 Jul 2013 10:24 PM PDT
Como pesquisador apaixonado pelo uso natural da língua inglês, o jeito como os falantes nativos usam a língua, eu gosto de colecionar erros cometidos por eles.
Acho isso interessante, pois as pessoas têm a ideia de que todo falante nativo não erra ao falar inglês. Um mito que eu sempre fiz questão de cutucar. Já escrevi duas dicas relacionadas a erros cometidos por nativos. Essa duas dicas são Eles Também Cantam Errado em Inglês e Erros de Inglês Cometidos por Americanos.
Hoje trago uma nova coletânea de erros. Desta vez, você vai ler sobre algumas expressões comuns que eles mesmos falam errado. O objetivo da dica, além de expor uma curiosidade, é também o de ajudar você a aprender com os erros deles. Então, vamos lá!

“It’s a doggy-dog world.”

Erros Comuns em Inglês
A expressão correta é “It’s a dog-eat-dog world”. Algo que em português pode ser traduzido como “É cobra engolindo cobra”, “É um mundo cão”. Ou seja, neste mundo as pessoas fazem de tudo para levar vantagem em cima dos outros.

“I could care less.”

O correto é “I couldn’t care less”. Em português significa “Eu não dou a mínima”, “Eu tô me lixando”, “Eu não me importo nem um poquinho”. Aprenda mais na dica Como Dizer Eu Tô Me Lixando em Inglês.

“A mute point.”

O correto é “a moot point”, que em português equivale a “assunto irrelevante”, “tópico sem importância”, “conversa desnecessária”.

“You have another thing coming.”

A expressão correta você encontra na dica Como Dizer Tirar o Cavalinho da Chuva em Inglês.

“I nipped that problem in the butt.”

“Nip a problem in the bud” significa “cortar o problema pela raiz”. O certo é dizer “bud” e não “butt”. Mas, tem muito falante nativo que confunde isso.

“He did that on accident.”

Você não é o único que tem problemas com as preposições em inglês. Muitos nativos também têm! O correto, de acordo com as gramáticas, é “by accident” e não “on accident”. Lembrando que isso aí equivale ao nosso “sem querer”; logo, a tradução da sentença acima é “ele fez isso sem querer”.

“I should of helped them. “

O certo deve ser “I should have helped them” (eu deveria ter ajudado eles). O problema é que a palavra “have” é pronunciada de modo fraco – /əv/ – e soa igual ao som fraco de “of” – /əv/. Assim, na hora de escrever, eles costumam cometer o deslize. O mesmo acontece com “would have”, “could have” e outras mais.

“Irregardless of what happens, I’ll be there.”

Curiosamente, muitos falantes de português brasileiro também erram. Na gramáticas portuguesas o correto é dizer “independentemente de” e não “independente de“. Quer saber qual é o certo em inglês? Então, veja a dica Como Dizer Independentemente De em inglês.

“She could feel her hunger pains.”

A combinação (collocation) correta em inglês é “hunger pangs”. “Pang” significa “dor aguda”, “pontada”; mas, a combinação “hunger pangs” pode ser traduzida apenas como “fome” (aquela fome que incomoda ao extremo).

“This is going to wreck havoc on our plans.”

A expressão em inglês é “wreak havoc” (causar danos, causar estragos, causar grandes transtornos). Por alguma razão desconhecida muita gente fala “wreck” e não “wreak”. Portanto, mais um errinhos que os falantes nativos cometem.
Caso você queira aprender mais sobre esses e outros erros leia o texto 17 Phrases you’re probably saying wrong. A autora, Sarah Brooks, dá mais detalhes sobre o assunto e ajuda todo mundo a evitar tais erros.
Por fim, se você é daqueles que acha que errar algo em inglês é um absurdo e que a pessoa que comete o erro deve queimar no mármore do inferno, leia a dica Erros no Aprendizado de Inglês e também Professor, Cuidado com os “Erros”. Essas dicas tem por objetivo ajudar os críticos entenderem que herrar é umano:)
Até a próxima!
A dica Expressões Comuns Que Americanos Erram apareceu primeiro em Inglês na Ponta da Língua e é de autoria de .
  
Posted: 13 Jul 2013 05:13 PM PDT
Segue nesta dica uma pequena lista de phrasal verbs com take. Como sempre dizemos, não se prenda à uma lista para aprender phrasal verbs, a melhor maneira é aprender phrasal verbs em contexto. Pois, um phrasal verb pode ter vários significados e usos. Como eu acho que você já sabe disso, vamos à nossa dica de phrasal verbs com take.
Depois de aprender os phrasal verb com take desta dica, aprenda também:

take after

» parecer com, puxar a (parecer ou comportar-se como alguém da família
  • You really take after your mom! (Você se parece mesma com sua mãe.)
  • Who do you take after: your mom or your dad? (Para quem você se puxou: sua mãe ou seu pai? )

take apart

» fazer críticas incisivas a uma pessoa ou ideia
  • If you do something wrong aroun here, people will take you apart. (Se alguém cometer um erro por aqui, as pessoas irão criticar sem dó nem piedade.)
  • Why do you have to take everything we say apart? (Por que é que você critica tudo o que a gente diz?)
Phrasal Verbs com Take

take away

» levar, encaminhar (quando autoridades levam alguém para a prisão ou hospital)
  • The police came in the night and took him away. (A polícia veio de noite e levou ele para a cadeia.)

take back

» retirar o que disse, admitir que estava errado
  • I didn’t mean what I said; so, I take it back. (Não foi bem isso o que eu quis dizer; então eu retiro o que disse.)
  • Well, I take back everything about Jeniffer. She’s a wonderful person. (Bem, eu retiro tudo o que disse sobre a Jeniffer. Ela é a maravilhosa.)
  • You’d better take back that remark! (Acho bom você voltar atrás nesse comentário.)

take down

» anotar, escrever
  • The police took down our addresses and phone numbers. (A polícia anotou nossos endereços e telefones.)
  • I guess I take that down. Hold on! (Acho que vou escrever isso. Espera!)

take for

» pensar algo sobre alguém (geralmente algo que não é verdadeiro)
  • She looks so young, I took her for your sister. (Ela é tão novinha, eu achei que ela fosse sua irmã.)

take in

» fazer um trabalho em casa (trabalho para outras pessoas)
  • She’s started taking in laundy. (Ela começou a lavar para fora.)
  • They’ve started taking in ironing to get some extra bucks. (Eles começaram a passar para fora para ganhar uma grana extra)

take out

» levar para sair (algo como convidar para ir a um restaurante, cinema, parque, etc.)
  • Can I take you out some time? (Posso te levar para sair um dia desses?)
  • I’m taking my parents out for dinner tomorrow. (Vou levar meus pais para jantar amanhã.)

take over

» assumir o controle, tomar o controle
  • Apple is taking over the smaller company. (A Apple está assumindo o controle da empresa menor.)
  • Let’s take over the world. (Vamos dominar o mundo.)
  • Michelle moved into our apartment and promptly took over. (Michelle se mudou para nosso apartamento e assumiu o controle rapidamente.)

take up

» começar a fazer algo novo, diferente e tornar isso em um hábito
  • I’ve taken up jogging. (Comecei a fazer corridas.)
  • She took up piano when she was ten. (Ela começou a tocar piano quando tinha 10 anos.)
Lembre-se: os phrasal verbs com take vistos acima podem ter outros significados e usos. Portanto, se você encontrá-los em algum local e o significado não estiver de acordo com o que você aprendeu aqui, não se preocupe. Certamente, você estará diante de um outro uso. Portanto, observe, anote e aprenda.
A dica Phrasal Verbs com Take apareceu primeiro em Inglês na Ponta da Língua e é de autoria de .

terça-feira, 9 de julho de 2013

Como dizer "não ter nada a ver" em inglês?

Posted: 08 Jul 2013 09:48 PM PDT
Como é que se diz não ter nada a ver em inglês? Essa é uma expressão comum no dia a dia de nós falantes do português, não é mesmo? Portanto, nesta dica você vai aprender como dizê-la em inglês. Nem pense em traduzi-la ao pé da letra, por favor! Continue lendo e aprenda.
Para dizer não ter nada a ver em inglês use a expressão have nothing to do. Nem pense em interpretar essa expressão ao pé da letra. Apenas aprenda que é assim que se diz não ter nada a ver em inglês e ponto final. Veja os exemplos:
  • I have nothing to do with this incident. (Eu não tenho nada a ver com este incidente.)
  • I had nothing to do with what happened to her. (Eu não tive nada a ver com o que aconteceu com ela.)
  • What you’re saying has nothing to do with what you believe. (O que você está falando não tem nada a ver com o que você crê.)
  • We have nothing to do with them. (A gente não tem nada a ver com eles.)
  • As far as I know, she has nothing to do with that. (Até onde eu sei, ela não tem nada a ver com isso.)
Não Tem Nada a Ver em Inglês?Além da forma acima você também pode usar a estrutura not have anything to do:
  • I don’t have anything  to do with this incident. (Eu não tenho nada a ver com este incidente.)
  • I didn’t have anything to do with what happened to her. (Eu não tive nada a ver com o que aconteceu com ela.)
  • What you’re saying doesn’t have anything to do with what you believe. (O que você está falando não tem nada a ver com o que você crê.)
  • We don’t have anything to do with them. (A gente não tem nada a ver com eles.)
  • As far as I know, she doesn’t have anything to do with that. (Até onde eu sei, ela não tem nada a ver com isso.)
Mas digamos que você queira perguntar se alguém tem algo a ver com algo. O que fazer?
Neste caso esqueça a palavra nothing e use a palavra anything:
  • Do you have anything to do with that? (Você tem algo a ver com isso?)
  • Does he have anything to do with her? (Ele tem alguma coisa a ver com?)
  • Did they have anything to do with that whole situation? (Eles tiveram algo a ver com essa situação toda?)
Por fim, há duas expressões em inglês – desconhecida de muitos, claro; mas, que pode ser usada por alguns – que usam essa estrutura. Elas são: what does that have to do with the price of tea in China? e What does that have to do with the price of fish? Elas são usadas quando alguém muda drasticamente o assunto de uma conversa ou falar algo totalmente fora do rumo da conversa. Em português seria algo como E o que é que isso tem a ver com aquilo?E o que que tem a ver o c* com as calças?, etc.
That’s it! I hope you’ve enjoyed this tip! Take care!
A dica Como dizer não ter nada a ver em inglês? apareceu primeiro em Inglês na Ponta da Língua e é de autoria de .
  
Posted: 08 Jul 2013 07:05 PM PDT
Iffy é uma daquelas palavras esquisitas que uma hora ou outra você acaba encontrando em algum texto ou escuta alguém falando. Portanto, continue lendo para aprender o que significa iffy.
De acordo com os dicionários, iffy muda de sentido conforme o contexto em que estiver sendo usada. Assim, aprenda aí alguns desses contextos e o que significa iffy em cada um deles.
» improvável, incerto
  • It’s still pretty iffy about us going to Italy. (Ainda é meio improvável/incerto se iremos para a Itália.)
  • His political future has looked iffy for most of this year. (O futuro político dele tem parecido improvável a maior parte deste ano.)
  • It’s pretty iffy if the event is going to happen. (É bem improvável que o evento aconteça.)
O Que Significa Iffy» indeciso
  • Richard’s still kind of iffy about taking the job. (Richard ainda está meio indeciso se aceitar o emprego.)
» estranho, esquisito, não muito bom
  • We wanted to go to the beach today, but the weather looks iffy. (A gente queria ir à praia hoje, mas o tempo está estranho.)
  • This scheme sounds a bit iffy. (Este esquema me parece meio esquisito.)
  • The milk smells a bit iffy. (O leite está com um cheiro meio estranho.)
  • That engine sounds a little iffy to me. (Me parece que esse motor está com um barulho esquisitinho.)
  • Things have been kinda iffy at home. (As coisas andam meio estranhas em casa.)
» duvidoso
  • By rejecting treatments that were iffy, he thought he’d save himself. (Ao rejeitar tratamentos que eram duvidosos, ele achou que salvaria sua vida.)
  • That’s an iffy proposition. (Essa é uma proposta duvidosa.)
  • Their plans are iffy. (Os planos deles são duvidosos.)
Pronto! Esses são os significados e usos mais comuns da palavra iffy. Para aprender a usá-la bem só mesmo se envolvendo com a língua e observar quando ela é usada. Portanto, use-a sempre que tiver a oportunidade e fique de olho no contexto em que ela é usada quando ler um texto ou ao conversar com alguém.
Até a próxima! ;)
A dica O que significa iffy? apareceu primeiro em Inglês na Ponta da Língua e é de autoria de .

segunda-feira, 8 de julho de 2013

 A CRÔNICA (PRODUÇÃO DE TEXTO)

A crônica: gênero jornalístico ou literário? Flagrantes do cotidiano

Leiamos essa pretensa crônica.

Gênero híbrido que oscila entre a literatura e o jornalismo, a crônica é o resultado da visão pessoal, subjetiva, do cronista diante de um fato qualquer, colhido no noticiário do jornal ou do cotidiano. Quase sempre explora o humor, às vezes, diz as coisas mais sérias por meio de uma aparente conversa fiada; outras vezes, despretensiosamente, faz poesia da coisa mais banal e insignificante.
Registrando o circunstancial do nosso cotidiano mais simples, acrescentando , aqui e ali, fortes doses de humor, sensibilidade, ironia, crítica e poesia, o cronista, com graça e leveza, proporciona ao leitor uma visão mais abrangente, que vai além do fato: mostra-lhe, de outros ângulos, os sinais de vida que diariamente deixamos escapar da nossa observação.




sábado, 22 de junho de 2013

LEITURA CRÔNICA

Reunião de Mães – crônica de Fernando Sabino

Na reunião de pais só havia mães. Eu me sentiria constrangido em meio a tanta mulher, por mais simpáticas me parecessem, e acabaria nem entrando – se não pudesse logo distinguir, espalhadas no auditório, duas ou três presenças masculinas que partilhariam de meu ressabiado zelo paterno.
Sentei-me numa das últimas filas, para não causar espécie à seleta assembléia de progenitoras. Uma delas fazia tricô, e várias conversavam, já confraternizadas de outras reuniões. O Padre-Diretor tomou assento à mesa, cercado de professoras, e deu início à sessão.
Eu viera buscar Pedro Domingos para levá-lo ao mé­dico, mas desta vez cabia-me também participar antes da reunião. Afinal de contas andava mesmo precisando de verificar pessoalmente a quantas o menino andava.
O. Padre-Diretor fazia considerações gerais sobre o uniforme de gala a ser adotado. A gravatinha é azul? ­perguntou uma das mães. Meia três – quartos? – perguntou outra. E o emblema no bolsinho? – perguntou uma ter­ceira. Outra ainda, à minha frente, quis saber se tinha pesponto – mas sua pergunta não chegou a ser ouvida.
Invejei-lhes a desenvoltura. Tive vontade de perguntar também alguma coisa, para tornar mais efetivo meu interesse de pai – mas temi aquelas mães todas voltando a cabeça, curiosas e surpreendidas, ante uma destoante voz de homem, meio gaguejante talvez de insegurança. Poderia também não ser ouvido – e se isso me acontecesse eu sumiria na cadeira. Além do mais, não me ocorria nada de mais prático para perguntar senão o que vinha a ser pesponto.
Acabei concluindo que tanta perguntação quebrava um pouco a solene compostura que devíamos manter, como responsáveis pelo destino de nossos filhos. E dispensei-me de intervir, passando a ouvir a explanação do Padre­-Diretor:
–Chegamos agora ao ponto que interessa: o quinto ano. Depois de cuidadosa seleção, foi dividido em três turmas – a turma 14, dos mais adiantados; a turma 13, dos regulares; e a turma 12, dos atrasados, relapsos, irrequietos, indisciplinados. Os da 13 já não são lá essas coisas, mas os da 12 posso assegurar que dificilmente irão para frente, não querem nada com estudo.
Fiquei atento: em qual delas estaria o menino? Pensei que o Diretor ia ler a lista de cada turma – o meu certamente na 14. Não leu, talvez por consideração para com as mães que tinham filhos na 12. Várias, que já sabiam disso, puseram-se a falar ao mesmo tempo: não era culpa delas; levavam muito dever para casa, não se habituavam com o semi-internato. Uma – a do tricô, se não me engano – chegou mesmo a se queixar do ensino dirigido, que a seu ver não estava dando resultado.
Outra disse que tinha três filhos, faziam provas no mesmo dia, como prepará-los de uma só vez? O Padre-Diretor sacudiu a cabeça, sorrindo com simpatia – não posso nem ao menos lastimar que a senhora tenha tanto filho. E voltou a falar nos relapsos, um caso muito sério. Não vai esse Padre dizer que meu filho está entre eles, pensei. Irrequieto, indisciplinado. Ah, mas ele havia de ver comigo: entre os piores!
E por que não? Quietinho, muito bem mandado, filhinho do papai, maria-vai-com-as-outras ele não era mesmo não. Desafiei o auditório, acendendo um cigarro: ninguém tinha nada com isso. Criança ainda, na idade mesmo de brincar e não levar as coisas tão a sério. O curioso é que não me parecesse assim tão vadio – jogava futebol na rua, assistia à televisão, brincava de bandido, mas na hora de estudar o rapazinho estudava, então eu não via? Quem sabe se procurasse ajudá-lo, dar uma mão­zinha... Mas essas coisas que ele andava estudando eu já não sabia de cor, tinha de aprender tudo de novo. Outro dia, por exemplo, me embatucou perguntando se eu sabia como se chamam os que nascem na Nova Guiné. Ninguém sabe isso, meu filho, respondi gravemente. Ah, não sabe? Pois ele sabia: guinéu! Não acreditei, fui olhar no dicionário para ver se era mesmo. Era. Talvez estivesse na turma 13, bem que sabia lá uma coisa ou outra, o danadinho.
Agora o Diretor falava na comida que serviam ao almoço. Da melhor qualidade, mas havia um problema, ­os meninos se recusavam a comer verdura, ele fazia questão que comessem, para manter dieta adequada. No entanto, algumas mães não colaboravam. Mandavam bilhetinhos pedindo que não dessem verdura aos filhos.
Eis algo que eu jamais soube explicar: por que menino não gosta de verdura? Quando menino eu também não gostava.
Pedem às mães que mandem bilhetinhos e não é só isso: usam qualquer recurso para não comer verdura. Hoje mesmo me apareceu um com um bilhete da mãe dizendo: não obrigar meu filho a comer verdura. Só que estava escrito com a letra do próprio menino.
Chegada era a hora de levá-lo ao médico – uma professora amiga foi buscá-lo para mim.
– Meu filho – perguntei, ansioso, assim que saímos:
– Em que turma você está? Na 12 ou na 13?
– Na 14 – ele respondeu, distraído. Respirei com
alívio: e nem podia ser de outra maneira, não era isso mesmo?
– Fico satisfeito de saber – comentei apenas.
Ele não perdeu tempo:
– Então eu queria te pedir um favor – aproveitou logo – que você mandasse ao Padre-Diretor um bilhete dizendo que eu não posso comer verdura.

quinta-feira, 20 de junho de 2013

Posted: 19 Jun 2013 06:54 AM PDT
Dicas para melhorar o listening em inglês é uma das buscas mais frequentes no Google. A grande maioria dos estudantes possui dificuldades para dominar esta habilidade. Portanto, seguem abaixo algumas palavras para ajudar você a melhorar o listening em inglês.
Antes de qualquer coisa, você precisa entender o que é esse negócio de listening. Então, anote aí que listening é a habilidade de ouvir. Logo, quando alguém diz que tem dificuldades em listening, o que ela quer dizer é que não consegue entender o inglês falado. Essa dificuldade ocorre por uma série de razões. Os textos abaixo ajudarão você a entender um pouco mais sobre tais razões:
Melhorar o Listening em Inglês
De modo geral, entre todas as dicas para melhorar o listening em inglês a principal resume-se em uma só palavra: praticar. Mas, é aí que a coisa toda se complica de vez. Afinal, como praticar isso? O que é preciso fazer para praticar? Será que ficar ouvindo algo o tempo todo ajuda?
Uma coisa que todo mundo deve entender é que na maior parte do tempo não tem de ficar ouvindo palavra por palavra. Se você faz isso, o seu cérebro pode parar de ouvir e tentar descobrir o que aquela palavra significa. Ao voltar a prestar atenção, você poderá ter perdido boa parte do que foi dito e aí se desmotiva.
Outro problema é que muita gente fica de ouvidos atentos às regras gramaticais. Quando ouvem um Present Perfect ficam felizes da vida, mas tentam inconscientemente entender o porquê de ter sido usado o Present Perfect. Ao voltarem a prestar atenção, a outra pessoa já estará usando um Third Conditional misturado com uma Passive Voice e se perdem na conversa.
Agora, por que estou escrevendo isso?
Simples: quando você estiver ouvindo inglês não se torture. Em situações naturais – vendo um filme, ouvindo uma música, conversando com alguém, etc. – você deve ouvir prestando atenção ao conjunto do que está sendo dito. Caso ouça uma palavra nova ou uma estrutura gramatical qualquer, não pare. Continue ouvindo sem desespero. Isso no começo não é fácil, mas com o tempo se torna natural.
Já ao estudar em casa, a coisa muda. Você pode criar algumas rotinas e hábitos para melhorar o listening em inglês. Seguem algumas dicas abaixo:
1. Use o trecho de um seriado ou filme para aprender sentenças, palavras, combinações, expressões, etc., usadas. Leia o texto do trecho em voz alta, pratique quantas vezes quiser, ouça quantas vezes quiser. Aprenda mais, lendo a dica Aprender Inglês com Filmes.
2. Use uma música que você goste para aprender sentenças, palavras, combinações, expressões, etc., usadas na letra. O legal de aprender com músicas e que elas tocam o tempo todo em rádios e festas. Portanto, você terá chances de reencontrar o que aprende e assim o cérebro se acostumará naturalmente com tudo. Entenda melhor essa ideia lendo as dicas sobre como Aprender Inglês Ouvindo Músicas.
3. Decore minidiálogos facilmente encontrados em livros. Se você faz curso em alguma escola de idiomas, certamente tem em suas mãos o material do cursinho. Esses livros costumam vir com vários diálogos. Portanto, decore os diálogos sem se preocupar com regras gramaticais e palavras isoladas. Aprenda o diálogo e entenda o contexto em que ele ocorre. Tente recitá-lo em voz alta e escute-o quantas vezes quiser. Você pode achar isso loucura, mas trata-se de uma atividade interessante para melhorar o listening em inglês. Acostume seu cérebro com a língua inglesa! Uma dica legal para ler éArranjar Tempo Para Estudar Inglês.
4. Invista em materias de pronúncia da língua inglesa. Não estou aqui falando para você aprender a diferença entre beach e bitch ou como fazer o TH perfeitamente bem em inglês. Nada disso! O legal dos materiais de pronúncia é que eles ajudam você a ouvir inglês do modo como ele é realmente dito por nativos. Para saber mais sobre a pronúncia do inglês, veja a dica Aprender a Pronúncia do Inglês.
5. Acostume-se a aprender, reconhecer, entender, ouvir, etc., chunks of language. Quanto mais chunks você aprender, mais ágil seu cérebro ficará em relação a essa coisa de ouvir inglês. Caso não faça ideia do que sejam chunks of language, leia a dica Itens Lexicais – Chunks of Language e/ou participe do curso Aprender Inglês Lexicalmente.
Por fim, lembre que para melhorar o listening é inglês é preciso criar o hábito de ouvir inglês. Atualmente, há muita coisa que você pode fazer pela internet para ficar ouvindo o tempo todo. Uma dessas coisas é ouvir rádios [Leia: Ouvir Rádios Para Melhorar o Inglês]. PAra melhorar o listening em inglês o segredo é praticar; portanto, quanto mais cedo você começar melhor. Além disso, quanto mais você ouvir, melhor. Então, comece a ouvir agora! As dicas abaixo servirão de atividades para você:
Good luck! :)

A dica Dicas para Melhorar o Listening em Inglês apareceu primeiro em Inglês na Ponta da Língua e é de autoria de .

quarta-feira, 19 de junho de 2013

 (2ª PARTE)


O QUE É CRÔNICA?
A Crônica é um tipo de produção literária voltada para a imprensa, ou seja, voltada para jornais e revistas, suas principais características é o seu tempo de vida, que é bem curto, e costuma só durar até a próxima edição do folhetim, em contrapartida a textos como a bíblia que já dura milênios.
 O OBJETIVO DA CRÔNICA?
É geralmente lúdico, e sua função principal é entreter o leitor, este tipo de produção costuma usar o cotidiano como base principal, e o autor deve anexar elementos de sua escolha para dar vida ao texto.
CRÔNICA LÍRICA
É lírica quando a saudade, a emoção e a nostalgia aparecem no texto buscando interpretar de forma poética os sentimentos.
A crônica é lírica quando a saudade, a emoção e a nostalgia aparecem no texto buscando interpretar de forma poética os sentimentos.

Exemplo:

Apelo 
Amanhã faz um mês que a Senhora está longe de casa. Primeiros dias, para dizer a verdade, não senti falta, bom chegar tarde, esquecido na conversa de esquina. Não foi ausência por uma semana: o batom ainda no lenço, o prato na mesa por engano, a imagem de relance no espelho.
Com os dias, Senhora, o leite primeira vez coalhou. A notícia de sua perda veio aos poucos: a pilha de jornais ali no chão, ninguém os guardou debaixo da escada. Toda a casa era um corredor deserto, até o canário ficou mudo. Não dar parte de fraco, ah, Senhora, fui beber com os amigos. Uma hora da noite eles se iam. Ficava só, sem o perdão de sua presença, última luz na varanda, a todas as aflições do dia.
Sentia falta da pequena briga pelo sal no tomate — meu jeito de querer bem. Acaso é saudade, Senhora? Às suas violetas, na janela, não lhes poupei água e elas murcham. Não tenho botão na camisa. Calço a meia furada. Que fim levou o saca-rolha? Nenhum de nós sabe, sem a Senhora, conversar com os outros: bocas raivosas mastigando. Venha para casa, Senhora, por favor. 
(Dalton Trevisan)
 Fonte: http://www.colegioweb.com.br/portugues/cronica-lirica-.html

humor nas crônicas de Luiz Fernando Veríssimo:
Exemplos:



Pneu furado


O carro estava encostado no meio-fio, com um pneu furado. De pé ao lado do carro, olhando desconsoladamente para o pneu, uma moça muito bonitinha.

Tão bonitinha que atrás parou outro carro e dele desceu um homem dizendo "Pode deixar". Ele trocaria o pneu.

- Você tem macaco? - perguntou o homem.
- Não - respondeu a moça.
- Tudo bem, eu tenho - disse o homem - Você tem estepe?
- Não - disse a moça.
- Vamos usar o meu - disse o homem.
E pôs-se a trabalhar, trocando o pneu, sob o olhar da moça.
Terminou no momento em que chegava o ônibus que a moça estava esperando. Ele ficou ali, suando, de boca aberta, vendo o ônibus se afastar.
Dali a pouco chegou o dono do carro.
- Puxa, você trocou o pneu pra mim. Muito obrigado.
- É. Eu... Eu não posso ver pneu furado. Tenho que trocar.
- Coisa estranha.
- É uma compulsão. Sei lá.

(Luís Fernando Veríssimo. Livro: Pai não entende nada. L&PM, 1991).


Pai não entende nada

_ Um biquíni novo?
_ É, pai.
_ Você comprou um no ano passado!
_ Não serve mais, pai. Eu cresci.
_ Como não serve? No ano passado você tinha 14 anos, este ano tem 15. Não cresceu tanto assim.
_ Não serve, pai.
_ Está bem, está bem. Toma o dinheiro. Compra um biquíni maior.
_ Maior não, pai. Menor.
Aquele pai, também, não entendia nada. 

quarta-feira, 12 de junho de 2013





quarta-feira, 12 de junho de 2013


Gênero textual: crônica

A origem da palavra crônica remonta ao vocábulo grego chronikós, que significa "tempo", pelo latimchronica, ou seja, ao ler uma crônica estamos diante de um gênero textual onde a questão temporal é fundamental.
As crônicas tratam da realidade, do cotidiano, com linguagem despretensiosa e temas mais simples, geralmente relacionados ao passado e à infância. "A crônica tem essa característica peculiar de tratar sobre aquilo que está desaparecendo do mundo", explica o escritor e professor de literatura da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), no Paraná, Miguel Sanches Neto. É por isso que podemos dizer que se trata de um gênero miniloquente, ou seja, que fala de uma maneira suave, não impositiva e mais prosaica - em contraposição à eloquência dos grandes clássicos literários.
Fonte: Nova Escola

A crônica é uma forma textual no estilo de narração que tem por base fatos que acontecem em nosso cotidiano. Por este motivo, é uma leitura agradável, pois o leitor interage com os acontecimentos e por muitas vezes se identifica com as ações tomadas pelas personagens.

Você já deve ter lido algumas crônicas, pois estão presentes em jornais, revistas e livros. Além do mais, é uma leitura que nos envolve, uma vez que utiliza a primeira pessoa e aproxima o autor de quem lê. Como se estivessem em uma conversa informal, o cronista tende a dialogar sobre fatos até mesmo íntimos com o leitor.

O texto é curto e de linguagem simples, o que o torna ainda mais próximo de todo tipo de leitor e de praticamente todas as faixas etárias. A sátira, a ironia, o uso da linguagem coloquial demonstrada na fala das personagens, a exposição dos sentimentos e a reflexão sobre o que se passa estão presentes nas crônicas.

Como exposto acima, há vários motivos que levam os leitores a gostar das crônicas, mas e se você fosse escrever uma, o que seria necessário? Vejamos de forma esquematizada as características da crônica:

• Narração curta;
• Descreve fatos da vida cotidiana;
• Pode ter caráter humorístico, crítico, satírico e/ou irônico;
• Possui personagens comuns;
• Segue um tempo cronológico determinado;
• Uso da oralidade na escrita e do coloquialismo na fala das personagens;
• Linguagem simples.

Portanto, se você não gosta ou sente dificuldades de ler, a crônica é uma dica interessante, pois possui todos os requisitos necessários para tornar a leitura um hábito agradável!

Alguns cronistas (veteranos e mais recentes) são: Fernando Sabino, Rubem Braga, Luis Fernando Veríssimo, Carlos Heitor Cony, Carlos Drummond de Andrade, Fernando Ernesto Baggio, Lygia Fagundes Telles, Machado de Assis, Max Gehringer, Moacyr Scliar, Pedro Bial, Arnaldo Jabor, dentre outros.
Por Sabrina Vilarinho
Graduada em Letras
Equipe Brasil Escola
Fonte: http://www.brasilescola.com/redacao/cronica.htm

A crônica é um gênero que tem relação com a ideia de tempo e consiste no registro de fatos do cotidiano em linguagem literária, conotativa.
A origem da palavra crônica é grega, vem de chronos (tempo), é por isso que uma das características desse tipo de texto é o caráter contemporâneo.
A crônica pode receber diferentes classificações:

a lírica, em que o autor relata com nostalgia e sentimentalismo;
a humorística, em que o autor faz graça com o cotidiano;
a crônica-ensaio, em que o cronista, ironicamente, tece uma crítica ao que acontece nas relações sociais e de poder;
a filosófica, reflexão a partir de um fato ou evento;
- e jornalística, que apresenta aspectos particulares de notícias ou fatos, pode ser policial, esportiva, política etc.

Por Marina Cabral
Especialista em Língua Portuguesa e Literatura
Fonte: http://www.brasilescola.com/redacao/a-cronica.htm